Hoje, quando eu estava indo para o colégio, eu vi uma Cutia e um Gato interagindo socialmente. A Cutia parecia mais animada que o Gato, na verdade o Gato mostrava grande desinteresse.
A Cutia e o Gato conversavam, então, a Cutia chamou o Gato para sair. E o Gato saiu. Saiu de perto da Cutia, deixando-a sozinha do outro lado das grades daquele parque. Havia outras cutias, claro, mas nenhuma delas interessava a Cutia, ela queria o Gato, mas o Gato a largara e ele não pretendia voltar.
A Cutia, desolada, olhou para mim, e ficou me encarando. Submersa em toda a sua melancolia e tristeza ela parecia já ter desistido de tentar nadar e voltar a superfície, ela parecia ter se deixado afogar. Ela tinha sido rejeitada pelo Gato, seu grande amor, e então estava olhando pra mim. Outras pessoas, assim como eu, estavam esperando o sinal fechar para que pudessem atravessar a rua, mas a Cutia escolheu olhar pra mim. Ela olhava para mim como se eu fosse um analgésico para sua dor, como se alguma forma eu pudesse anestesiá-la daquele momento, parecia querer que eu entorpecesse-a, olhava para mim como se eu pudesse, de alguma forma, jogar uma boia salva-vidas a qual ela pudesse se agarrar naquele momento.
E eu olhava pra ela. Havia presenciado o Gato rejeitando-a, o seu coração se partindo e estava olhando ela parada ali, enquanto ela me olhava. Então o sinal se fechou e eu atravessei a rua, havia abandonado a pobre Cutia, assim como o Gato o fizera.
Afinal, humanos podem ser mais cutias e gatos do que imaginamos.
Em mundo de Gato e Cutia, quem não é Gato, é Cutia.
E eu era a Cutia naquele momento.
P.S.: ESSA É UMA HISTÓRIA VERÍDICA QUE REALMENTE ACONTECEU COMIGO, ME TOCOU MUITO, NÃO ZOEM. E ESSA CUTIA SABE NADAR, FLW? Obrigado.
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