PREPAREM-SE QUE COMEÇOU A PARTE FINAL DA TRILOGIA DE QUATRO DA EMOCIONANTE REDAÇÃO DE PORTUGUÊS: O MISTÉRIO DA PET SHOP
Para você que não leu as partes anteriores: 1, 2, 3, 4 (opa, é esse mesmo...)
Espero que curtam o desfecho...
Para você que não leu as partes anteriores: 1, 2, 3, 4 (opa, é esse mesmo...)
Espero que curtam o desfecho...
A chefa de polícia teve que esperar por sete horas e meia a loja fechar ao lado de um nerd desequilibrado irritante que fungava o tempo inteiro, ajeitando os óculos e que o nariz sangrava a cada meio minuto, do tipo que é level 160 paladino no “World of Warcraft”, e ainda por cima LeShawna teve de ficar no personagem, ao invés de mandar Arolfino (?) para o espaço.
Mas estava na hora, e ela
estava muito feliz por causa disso. Da próxima vez ela vai mandar outra
policial para fazer isso. Talvez a Maria Joana, que era uma maconheira e
conseguiria aguentar aquilo numa boa, mas ela não.
Enfim, todos os bichos já
haviam sido guardados, até o papagaio foi colocado de volta na gaiola, e chegou
a hora de LeShawna fazer sua parte, conduzindo Aristóteles (?) para o armário
do zelador.
Ao chegar lá, Assurbanipal (?)
trancou a porta, olhando para trás, empinando a bunda para a chefa de polícia.
Ele se vira, dançando, e num gesto com a mão para trás, abaixa a densidade da
luz para o ambiente ficar romântico. No meio da dança, ele desafivela o seu
cinto, jogando-o para um canto, e depois vai desabotoando a camisa lentamente,
com uma cara... Err... “Sensual”... abrindo o zíper e ficando, rapidamente, completamente
nu. LeShawna, enojada, queria terminar aquilo logo, então, o mais rápido que
pôde, colocou suas mãos no bolso de seu macacão preto plastificado e pegou sua
arma de eletrochoque defensiva e a aplicou nas pequenas partes privadas de
Arolfino (?), que caiu no chão de bunda para cima.
Ela procura, nas roupas
jogadas no chão, as chaves e acha, em um bolso das calças de Alistopheu (?), um
chaveiro do “Guerra nas Estrelas”. Andando pelos corredores e acendendo todas
as luzes no caminho, LeShawna fala no microfone pregado em sua roupa:
–A raposa está na toca.
–Quê?! – indagaram, do outro
lado, sem entender do que raios LeShawna estava falando, pois até onde eles
sabiam, petshop não vendiam raposas.
–O peixe mordeu a isca.
–Quê?! – se ouve do outro lado
da linha, novamente, pois de novo, até onde sabiam, em petshop também não tinha
nenhum “pesque-e-pague”.
–Eu abri a merda da porta! –
gritou LeShawna, e todos entenderam, entrando no estabelecimento com armas e
lanternas, do jeito cinematográfico que LeShawna tinha escrito no roteiro.
* * * * * * * * * * *
–Eu
ouvi alguma coisa... – sussurra Apolo, amedrontado, para Theodoro.
–Vieram para nos resgatar? –
perguntou Theodoro, baixinho, mas sem esconder certa alegria.
–Que lindo! – emocionou-se
Apolo.
Os dois se viam numa sala
escura... Ou melhor, não se viam numa sala escura, onde a única luz acesa era a
de uma luminária em cima de uma escrivaninha e, algumas vezes, umas luzes
verdes que piscavam. Uma voz vem do outro lado da jaula dos detetives:
–Não! Não pode ser! E eu que
pensei que essa era a certa! O que vou fazer... O que vou fazer?!!! – e começou
a choramingar.
–Não fique assim, tudo vai dar
certo! – reconfortou Apolo.
–Seu imbecil, ele nos
sequestrou! Tomara que ele se exploda! – exclamou Theodoro, sussurrando e dando
tapas em Apolo para ele se calar.
–O que você disse? QUE EU ME
EXPLODA? VÁ SE FODER, VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE MIM, SEU VIADINHO ESCROTO! –
explode o homem misterioso, e logo, silêncio absoluto. Theodoro estranha,
quando sente uma picada forte em seu braço esquerdo e logo, não sente mais
nada, desmaiando.
–Theo? – perguntou Apolo,
baixinho, tremendo, quando também sentiu a seringa em seu braço e apagou.
* * * * * * * * * * *
Avançando pelos corredores, os
policiais arrombam qualquer porta que estivesse em seus caminhos,
avassaladores. Bem ao estilo Theodoro, o mais alto de todos as derrubava com
chutes poderosíssimos. Até que chegaram à última porta, aquela mesma, a última
que nossa dupla dinâmica havia arrombado antes de mudarmos o rumo da história
para nossa querida heroína, LeShawna. Ela havia sido revestida com uma camada
metálica... O policial, inutilmente, tentou arrombar também, mas os ossos de
sua perna se fizeram em pedaços e o mesmo caiu de bunda no chão, relembrando
bastante Apolo.
A
chefa de polícia tinha até esquecido que tinha conseguido as chaves com o...
Bem, aquele cara. Imediatamente, tirou-as do bolso e abriu a porta, que fez um
barulho estrondoso.
–Podia ter feito isso antes, não acha? – resmungou
Claudião, conhecido pelo seu codinome “Ratão”, o policial que estava no chão, com
dores por toda a perna
LeShawna ignorou o sujeito, caminhou em direção
a passagem, que estava toda escura. Inflou o peito, talvez para parecer mais
“macho”. Quando todos entraram, a escuridão foi tomada por um grande flash de
luz verde. Vários ratos passaram por seus pés, correndo, tentando fugir.
–Droga!
Voltem aqui, seus imundos! – eles ouviram uma voz fina reclamando do fundo da
sala. Agora, tudo estava mais claro. Eles viram. Era um homem velho, meio
corcunda. Relembrava Prometeu em certos aspectos.
–Ei,
você! O que está fazendo? O que são todas essas jaulas? Aqui é a polícia
federal! Mãos para os altos – exclamou “Lebomba”.
–Ah...
A polícia! Eles são apenas meus... Bichinhos.
Todos
os policiais apontam suas armas para o esquisitão enquanto LeShawna inspeciona
o lugar. Várias gaiolas com animais, a maioria morta, com gosma preta escorrendo
de seus orifícios. Poucos, realmente muito poucos, ainda viviam... Mais para o
final da sala tinham duas jaulas. Em uma, tinha Marcius, vivinho da silva. Aparentemente,
a outra estava vazia, mas quando ela chegou mais perto, foi possível identificar
dois corpos empilhados. Eles eram muito familiares. Nossos tão queridos... Theo
e Apolo. LeShawna não os havia matado com o carro da Volkswagen! Mas... Eles
estariam mortos agora?
–O
que é isso?! O que você fez com eles?!
–Se
acalme, meu docinho. –disse ele, ajeitando o jaleco branco – Eles estão apenas
dormindo. Injetei um Boa-Noite-Cinderela na corrente sanguínea deles, para que
eu pudesse melhorar o desempenho da minha experiência, com eles quietos. – os
policiais se entreolharam, pensando malícias sexuais. Percebendo a besteira que
tinha dito, tentou se corrigir – Ah... Err... Não! Eu sou um médico! Dr. Su
Tiam – mais olhares maliciosos.
– Minha experiência era a produção de indivíduos
geneticamente iguais, para suprir a perda de meu irmão univitelino. Posso
assegurar que tudo que estou fazendo é perfeitamente normal e não há razão para
vocês estarem aqui.
–Cara...
Você sequestrou essas pessoas... E ainda tá clonando, o que é crime. Venha
conosco.
–NUNCA!
VOCÊS NÃO ENTENDEM! É MUITO RUIM PARA ALGUÉM PERDER O IRMÃO GÊMEO! PRECISO
APERFEIÇOAR A TÉCNICA DE CLONAGEM, PARA ME CLONAR! ESSES MERDINHAS SE DERRETEM
TODOS DEPOIS E VIRAM UM TIPO DE COCÔ GOSMENTO! – e assim joga um objeto metálico
pesado em uma máquina redonda bem grande, cheia de circuitos sem sentido, em um
canto da sala, acertando um botão bem grande, que fez as portas da máquina
fecharem e piscarem luzes verdes.
–O que você fez? –
berrou LeShawna, preocupada, quando vários “Theodoros”, “Apolos” e “Marcius”
saiam da invenção, todos, ao comando do Dr. Su Tiam, atacaram os policiais, que
recuaram, lutando, atirando, batendo aqueles... Aqueles falsários! Aqueles
CLONES! LeShawna lutava, tentando passar para o lugar em que o Dr. Tiam estava,
socando, chutando e atirando em “Theodoros”, “Apolos” e “Marcius”.
Ao chegar perto do cientista
maluco, ela agarra os cabelos dele e puxa, falando em seu ouvido, entre os
dentes:
–Manda eles pararem! Agora!!!
–Tudo bem, tudo bem! Chega!
Ai! Ai! Ai! Ai! Parem, clones! Ai! – implora ele. Todos os impostores
congelaram. – Agora você, imbecil, pare de puxar meus cabelos! – ordenou a
LeShawna, que largou, agora apontando uma arma em sua nuca.
Quando a chefa de polícia
durona olhou, esperando ver os seus amigos, ela vê apenas muito sangue.
Choramingando, faz ele confessar, enquanto ligava para Prometeu vir ajudá-la:
–Eu fiz faculdade de biologia
em uma universidade da China, estudando clonagem e DNAs em geral, onde fiz aula
com o Phd Dr. Simijanhu MuruhMuruh Kái, junto ao meu irmão gêmeo, Fah Kiu II°,
que acabou morrendo, anos depois, em uma explosão aleatória no Paquistão, onde
havia ido tirar férias com aquela filha da puta da namorada dele, a Pootakêpa
Riu. Fiquei muito abalado e, como éramos idênticos, por alguma razão que agora
me escapa, resolvi recriá-lo, mas antes que eu possa me clonar, eu tenho que
testar em outras pessoas mais normais, para ver se esse erro, essa estúpida
data de validade, desaparece.
–É, a única petshop da Paula
Freitas... – ele ouve LeShawna dizer. Vira a cabeça um pouco para trás, para
ver de rabo de olho o que raios ela estava fazendo. Ela estava no celular.
Desligou. – O quê? – pergunta ela, para o Dr. Su Tiam, pois não tinha ouvido
nada...
* * * * * * * * * * *
Prometeu chegou com patrulhas e mais
patrulhas da polícia, prendendo o asiático Dr. Su Tiam e processando a linha de
petshop culpada. Theodoro e Apolo, agora livres, checavam, junto a LeShawna, o
local.
–Quem quer comer uma lechona?
– pergunta ela, animada. Os dois recuam. – Não, não é isso que vocês estão
pensando, estou falando do prato chileno, ali do Galeto da esquina! – desta
vez, os detetives responderam positivamente, pondo-se a andar.
Felizes de ver aquele caso
maluco solucionado, andavam felizmente pela rua, em direção ao restaurante,
sentando-se em uma mesa. Pediram o que gostariam de comer e, na mesma hora que
a comida chegou e o primeiro pedaço estava sendo colocado na boca de lechona...
Desculpe... LeShawna, seu celular toca, obrigando-a a largar o garfo e faca e
atendê-lo.
–Alô? Ah, sim, o Alisteu...
Alis... Alistolpho. É, é o balconista que eu tive que dar um choque para me
infiltrar. Como? Marca-passos? Morto? Ai, meu Deus, coitado! O quê? Para eu me
virar para trás? – ela olha para Theodoro e Apolo, que estão olhando por trás
de seu ombro, com os olhos arregalados. Ela desliga o celular e vira para trás.
Dois policiais a esperavam. Ela havia sido presa. – Socorro... – implorou ela
para os detetives, que continuaram comendo alegremente a lechona. – Filhos da
putaaaa! – e sua voz desapareceu.
–Sabe, Theo, esse caso foi um
dos mais complicados que já tivemos que solucionar!
–Nós não solucionamos porra
nenhuma, a Lebom... LeShawna fez todo o nosso trabalho. Aliás, a gente deveria
estar ajudando ela, mas isso aqui tá tão bom! – diz Theodoro, levando uma
garfada à boca. – Um prazer quase sexual! – completou. Apolo olhou para ele, o
estranhando. – Ei, eu disse quase! – e então ele volta a se concentrar na
comida.
Os dois se lembravam como se
fosse ontem o que eles tinham passado naquela petshop, mas nem poderiam
imaginar o que LeShawna fez para salvá-los, mas mesmo com esses pensamentos
profundos (que aliás duraram meia hora), eles terminaram seus pratos antes de
ir pagar a fiança de lechona na delegacia... Ops! LeShawna!
–Sabe, eu tenho um sentimento
estranho...
–O quê, Apolo?
–Eu sinto que a gente esqueceu
de alguma coisa...
–Impossível.
–É sério, mas não consigo
lembrar o quê..
–Se você não lembra, é porque
não era importante.
* * * * * * * * * * *
–Alô-ô? Alguém me tira daqui! –
gritava Marcius, a todo pulmão, ainda trancado na jaula do cientista maluco. –
Vamos, gente, parem de brincadeira! Eu estou aqui! Há! Há! Muito engraçado,
agora me soltem!
Os últimos policiais que
estavam na loja, de headphones, não conseguiam ouvir o coitado. Lacravam a
porta, que não deveria ser usada nunca mais, além de a loja inteira estar
vedada por um mês inteiro.
–Já foi engraçado, mas agora
estou começando a me preocupar... Socorro...
Fim?
Victor, Kadu e Pedro. Todos os direitos reservados.
Theodoro Apolo e LeShawna inc.
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